segunda-feira, 29 de março de 2010

RECEITA DE PÁSCOA PARA PACEINTES COM DIABETES

No site da SBD, receitas para páscoa dos pacientes com diabetes. Vale a pena conferir
http://www.diabetes.org.br/component/content/article/45-noticias-em-destaque/224-pascoa

domingo, 28 de março de 2010

Encontro Da Liga de Endocrinologia de Maringá

Clique aqui para ver as fotos do Primeiro Encontro da Liga de Endocrinologia Pediátrica de Maringá. O Evento ocorreu agora, dia 20 de março e contou com a participação de 170 participantes. Muitas discussões e alta produtividade no bem organizado evento.

http://bit.ly/crH323



domingo, 21 de março de 2010

Todas as pesquisas que acontecem nesse momento com células tronco

Clique no link para ler sobre todas as pesquisas em andamento no mundo sobre células tronco e o diabetes. Boa leitura

http://www.clinicaltrials.gov/ct2/results?term=stem+cell+diabetes

sexta-feira, 19 de março de 2010

An Endocrine Society Statement to Providers on Study Findings Related to Treatment of Hypertension in Patients with Diabetes



An Endocrine Society Statement to Providers on Study Findings Related to Treatment of Hypertension in Patients with Diabetes
March 18, 2010

On March 14, three studies presented at an American College of Cardiology meeting raised questions about whether normalization of blood pressure in hypertensive patients with diabetes or those with impaired glucose tolerance and cardiovascular risk factors could lead to a reduction in the rate of cardiovascular events. Two of these papers, covering findings from the Action to Control Cardiovascular Risk in Diabetes (ACCORD) blood pressure trial (ACCORD BP) and Nateglinide and Valsartan in Impaired Glucose Tolerance Outcomes Research (NAVIGATOR) trial, were simultaneously published on-line in the New England Journal of Medicine.

These studies do not advise against the treatment of hypertension in patients with diabetes; the controversy concerns the target level to which blood pressure should be reduced in these patients. The conclusions of the ACCORD BP study suggest that achieving a systolic blood pressure of 120 mm Hg compared to 140 mm Hg does not reduce the rate of major cardiovascular events. Furthermore, systolic blood pressure levels in the intensive treatment arm of the study were associated with more adverse events, including higher rates of hypokalemia and elevations of serum creatinine. The NAVIGATOR study similarly concludes that the addition of Valsartan to the treatment regimen for patients with impaired glucose tolerance did not reduce the rate of cardiovascular events. The final study, INVEST, evaluated a control group compared to a moderate blood pressure group and an intensive blood pressure group in hypertensive diabetic patients with heart disease. While the greatest morbidity and mortality was seen in the control group, there was an increase in mortality in the intensively treated group compared to the moderate blood pressure control group, though this finding was restricted to those who achieved systolic blood pressure less than 115 mm Hg.

In interpreting these findings, The Endocrine Society recommends that practitioners consider several points. First, the INVEST study has only been presented in abstract form and has not yet been through the formal peer review process leading to publication. Second, the ACCORD BP and NAVIGATOR studies evaluated patients with modest degrees of hyperglycemia and hypertension, so extrapolating the results from the latter two papers to patients with more significant hyperglycemia and hypertension could be problematic. Moreover, in the NAVIGATOR trial, the achieved difference in blood pressure between the group that received Valsartan and the control group was only 2.8/1.4 mm Hg, a difference that may be too small to lead to differences in cardiovascular outcomes.

It should also be noted that the ACCORD BP study found some significant improvements in secondary outcome measures. Total strokes were reduced by 41% in the intensively managed group compared to controls (from 0.53% to 0.32%).

The Endocrine Society continues to support the treatment of hypertension in patients with diabetes and recommends that patients should not modify or discontinue antihypertensive medications without consulting their physicians. While a systolic blood pressure target below 140 mm Hg in hypertensive patients with diabetes remains a reasonable goal and seems consistent with the findings of these new studies, reductions in blood pressure below this level might not afford much additional cardiovascular benefit. Furthermore, aggressive systolic blood pressure targets below 120 mm Hg may be detrimental. In light of these studies, the current Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation and Treatment of High Blood Pressure (JNC 7) and American Diabetes Association recommendations (less than 130/80 mm Hg for patients with diabetes) seem prudent for many, but not all patients. In patients with significantly higher blood pressure and blood sugar than the subjects in these studies, the optimum blood pressure goal remains to be defined.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Cardiologia diabetológica por Dr. Pimazoni

CARDIOLOGIA DIABETOLÓGICA E PREVENÇÃO DO DIABETES: NOVOS ESTUDOS CONTESTAM CONCEITOS TRADICIONAIS

Dr. Augusto Pimazoni Netto

Coordenador dos Grupos de Educação e Controle do Diabetes do
Hospital do Rim e Hipertensão da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP e do

Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A edição Online First do New England Journal Medicine (NEJM) de hoje, 14 de março de 2010, nos traz os resultados de dois grandes estudos (ACCORD e NAVIGATOR), cujos resultados contestam conceitos tradicionais nas áreas de cardiologia diabetológica e prevenção do diabetes.

Resultados preliminares do estudo ACCORD mostraram que uma estratégia muito intensificada de controle glicêmico aumentou o risco de morte em pacientes diabéticos, muito embora essa conclusão tenha sido recentemente contestada por uma metanálise publicada no Lancet [1]. Agora, a publicação do NEJM traz os resultados do braço do estudo ACCORD que avaliou o impacto do controle intensivo da pressão arterial [2], bem como a eficácia da terapia de combinação para o controle de lípides no paciente diabético [3].

Até agora, não havia evidência de estudos randomizados para se adotar metas abaixo de 135 a 140 mmHg para a pressão sistólica em portadores de diabetes tipo 2 (DM-2), muito embora a meta de 120 mmHg já estivesse sendo adotada há algum tempo pelas sociedades médicas. O braço do estudo ACCORD que tentou comprovar a validade dessa recomendação investigou se uma meta de pressão sistólica menor que 120 mmHg conseguiria efetivamente reduzir a incidência de eventos cardiovasculares em pacientes com DM-2 de maior risco. O resultado foi decepcionante: em pacientes com DM-2 e com alto risco para eventos cardiovasculares, a utilização da meta de 120 mmHg para a pressão sistólica não reduziu as taxas de desfecho composto para os principais eventos cardiovasculares fatais e não fatais [2].

Outro braço do estudo ACCORD avaliou se os efeitos da terapia de combinação com sinvastatina mais fibrato, em comparação com a monoterapia com sinvastatina, poderia reduzir o risco cardiovascular em pacientes com DM-2 já em risco aumentado para essas complicações. Mais uma vez os resultados foram decepcionantes: a combinação de fenofibrato mais sinvastatina não reduziu a taxa de eventos cardiovasculares fatais, de infarto do miocárdio não fatal e de acidente vascular cerebral não fatal, em comparação à monoterapia com sinvastatina, ou seja, os resultados do estudo não suportaram o uso rotineiro da terapia de combinação com fenofibrato e sinvastatina para reduzir o risco cardiovascular na maioria dos pacientes com diabetes tipo 2 de maior risco [3].

O estudo NAVIGATOR avaliou estratégias de prevenção do DM-2 e também mostrou resultados frustrantes. Diante do conceito tradicional de que alguns fármacos poderiam promover a prevenção adequada do DM-2, um braço do estudo NAVIGATOR avaliou o potencial da nateglinida, um secretagogo de insulina de curta duração, de reduzir o risco de diabetes ou de eventos cardiovasculares em pessoas com tolerância diminuída à glicose. Os dados desse braço do estudo mostraram que o tratamento com nateglinida por cinco anos não reduziu a incidência de diabetes ou os desfechos cardiovasculares nesses pacientes [4].

Um segundo braço do estudo NAVIGATOR avaliou os efeitos da valsartana, em comparação com placebo, associados a modificações do estilo de vida em indivíduos com tolerância diminuída à glicose e com doença cardiovascular estabelecida ou com fatores de risco cardiovascular. Os resultados mostraram que, nesses pacientes, o uso da valsartana por cinco anos, em comparação ao placebo, ambos associados a modificações do estilo de vida, levou a uma redução relativa de 14% na incidência de diabetes, mas não conseguiu reduzir a taxa de eventos cardiovasculares [5].

Resumo da ópera: a cada novo estudo publicado, aumentam nossas incertezas quanto ao que se deve ou não se deve fazer na prática clínica, principalmente em função dos resultados quase que frequentemente contraditórios entre os vários estudos. E como superar as incertezas decorrentes dessas controvérsias? O acompanhamento atento da literatura internacional, aliado à experiência clínica de cada um em seus respectivos setores de atividade, talvez seja a forma mais segura de fazer frente à transitoriedade das verdades médicas.







Referências Bibliográficas:

  1. Ray, K.K. et al. Effect of intensive control of glucose on cardiovascular outcomes and death in patients with diabetes mellitus: a meta-analysis os randomised controlled trials. Lancet 2009;373:1765-72.
  2. The ACCORD Study Group. Effects of intensive blood-pressure control in type 2 diabetes mellitus. N Engl J Med 10.1056/NEJMoa1001286. Publicado online em 14 de março de 2010.
  3. The ACCORD Study Group. Effects of combination lipid therapy in type 2 diabetes mellitus. N Engl J Med 10.1056/NEJMoa1001282. Publicado online em 14 de março de 2010.
  4. The NAVIGATOR Study Group. Effect of nateglinide on the incidence of diabetes and cardiovascular events. N Engl J Med 10.1056/NEJMoa1001122. Publicado online em 14 de março de 2010.
  5. The NAVIGATOR Study Group. Effect of valsartan on the incidence of diabetes and cardiovascular events. N Engl J Med 10.1056/NEJMoa1001121. Publicado online em 14 de março de 2010.

remote

twitcount

analytics