terça-feira, 27 de outubro de 2009

Novidades Internacionais - Canadá IDF

Simpósio Diabetes no Jovem - Congresso IDF - Montreal - Canadá
Ter, 20 de Outubro de 2009 14:16

Por: Denise Franco, Levimar Araujo, Márcia Nery e Walter Minicucci

1) Insulinoterapia em crianças muito pequenas:
Dra. Olga Kordonouri (Alemanha)
O número de crianças diabéticas triplicou nos últimos 30 anos, até 2020 a previsão é para que o número de crianças diabéticas com menos de 5 anos seja o dobro dos dias de hoje.
Além disso, o número de crianças menores de 15 anos, com diabetes do tipo 2 na Europa, vai aumentar em 70%.
Segundo a conferencista, crianças com diabetes não são pequenos adultos, eles têm suas peculiaridades, têm maior sensibilidade a insulina, atividades físicas imprevisíveis e alimentação irregular e alta prevalência de infecções com febre.
A insulinização de crianças pequenas traz algumas complicações adicionais, tais como: a necessidade de doses menores, a presença de pequenas áreas do corpo disponíveis para a aplicação de insulina, etc.
Falou das vantagens dos análogos de rápida absorção: aplicações até 20 minutos após o inicio da alimentação, a possibilidade de doses adicionais quando a criança faz um lanche, no caso das insulinas basais, as vantagens citadas foram o melhor perfil para o tratamento do fenômeno do alvorecer e menos variabilidade de ação; as desvantagens citadas no caso de longa duração são a diminuição da flexibilidade da terapia e o aumento do risco de hipoglicemia no caso de atividade física espontânea.
Considera importante o uso de bomba de infusão de insulina para crianças muito pequenas, segundo ela, por facilitar a administração de doses muito pequenas de insulina.
O equipamento permite, inclusive, que mantenha sem insulina por algumas horas sem oclusão do cateter em crianças muito pequenas.
Outro aspecto abordado foi o fato de que aqueles que usam sete ou mais bolus de insulina por dia apresentam melhores resultados de insulina glicosilada. Outro fato interessante apresentado foi a observação de que as professoras acham mais fácil infundir insulina pela bomba, no caso de um bolus, do que aplicá-la com caneta ou seringa.
Por último, mostrou um programa de treinamento das crianças pré-escolares, antes de iniciar a escola, onde as mesmas são ensinadas a reconhecer e tratar hipoglicemia, realizar o rodízio dos locais de aplicação e até mesmo manipular a bomba de insulina, somente com a supervisão dos adultos.

2) Complicações do diabetes, educando adolescentes:
J. Cusamano (Austrália)
Dependendo da faixa etária, o atendimento separado do adolescente com diabetes, pelo profissional de saúde, pode aumentar a adesão terapêutica do adolescente e melhorar a comunicação com a equipe medica.
Que os adolescentes geralmente não querem saber da presença de complicações, porém, acabam perguntando indiretamente a respeito delas e devemos estar preparados para a forma de colocar as respostas, mesmo dizendo que o quadro clínico pode ser grave existe sempre a possibilidade de tratamento.
Jovens não respondem a ameaças de danos de complicações. Adolescentes estão mais preocupados se o diabetes vai afetar sua visão.

3) Exercício e o adolescente:
M.C. Riddle (Canadá)
Embora no Canadá exista uma recomendação para atividade física de 60 min. de intensidade moderada e 30 minutos vigorosa diariamente para os adolescentes, menos de 10% deles cumprem esse nível de atividade física. Entre os adolescentes com diabetes, essa estatística é menor do que os não-diabéticos. As meninas são as que menos se exercitam.
Um dos grandes desafios em aumentar a atividade física neste grupo de pacientes é o medo da hipoglicemia. Os pais sempre interferem fornecendo grandes quantidades de carboidratos na forma de lanches na intenção de prevenir a hipoglicemia.
A tendência a hipo ou hiperglicemia está relacionada ao tipo de atividade física praticada. Os quadros de hipoglicemia podem estar presentes mesmo após várias horas da prática do exercício. O início da madrugada pode ser um período de maior risco de hipoglicemia, que requer um cuidado maior com alimentação ao deitar e ajuste de dose de insulina. A monitorização contínua da glicemia pode ser uma ferramenta útil no entendimento de cada caso individualmente.

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